ADECO – Conferência de Imprensa Subida Eletricidade

 

ADECO realizou uma Conferência de Imprensa no dia 12 de julho na sua sede em São Vicente em que o Vice-Presidente da ADECO, Éder Brito, emitiu a posição da associação referente aos “Ajustes extraordinários nas tarifas de venda de energia elétrica da ELECTRA e AEB (Águas e Energia de Boavista) ao consumidor final, devido ao aumento dos preços de combustíveis”

O Vice-Presidente da ADECO iniciou a conferência comentando que os valores da última atualização da tarifa do serviço de eletricidade feito pela ARME (18,07$, aumento real e 4,75$ kW/h subsidiado pelo Governo), são resultado de um cálculo matemático feito pela ARME com base em dados específicos do preço do combustível e parâmetros da eficiência da gestão de eletricidade em Cabo Verde, fatores que geram custos e formam o preço final.

Pelo que a ARME argumentou que o aumento da tarifa de eletricidade deve-se principalmente ao aumento do preço dos combustíveis utilizados na produção de energia elétrica, devido à guerra Ucrânia – Rússia. Sendo que os combustíveis constituem 70% no custo de produção de eletricidade, é difícil contrariar os resultados apresentados pela ARME sem base e dados científicos.

Entretanto, Éder Brito recordou que o preço da eletricidade sempre foi elevado em Cabo Verde, devido a fatores internos, como as perdas técnicas e comerciais, ao adicionar fatores externos o aumento torna-se exorbitante. Sendo que o valor de perdas na rede de distribuição da eletricidade, contadores antigos, roubo de energia, etc. aumentam a cada ano (ex. a ELECTRA em 2019 teve 25% perdas, e em 2020 foi de 26% no sector da eletricidade). E por não existir uma força tarefa eficiente para combater essas perdas, a ADECO questiona se não é o consumidor quem termina a pagar por esses custos.

E concluiu afirmando que apesar do Governo anunciar várias medidas e políticas de mitigação, acabam sendo medidas paliativas, pois, os problemas de perdas e de gestão ineficiente se mantêm. Mais, quando muito se fala em energias renováveis, porque não esta a ser devidamente efetivada em Cabo Verde? Por isso, a ADECO defende que já é hora de que exista uma força-tarefa de Empresas de Eletricidade, Governo, Agência Reguladora e Municípios para combater as perdas e garantir uma gestão eficiente do sector elétrico.

ADECO 2022